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Disco histórico de Beth Carvalho é tema de livro previsto para setembro

♪ Título emblemático da discografia de Beth Carvalho (1946 – 2019) que adquiriu caráter histórico por ter apresentado forma então nova de tocar samba, o álbum De pé no chão (1978) é tema de um dos próximos volumes da série O livro do disco.

Nesta série, criada em 2014 pela editora Cobogó, um álbum é dissecado e contextualizado no tempo e na trajetória do artista.

No caso do álbum De pé no chão, quem vai pormenorizar a revolução feita pelo disco – em livro previsto para chegar ao mercado em setembro – é o jornalista e escritor Leonardo Bruno, autor de vários livros sobre samba.

Com repertório que apresentou partidos de alto quilate, casos de Ô Isaura (Rubens da Mangueira, 1978), Marcando bobeira (João Quadrado, Beto Sem Braço e Dão, 1978) e Goiabada cascão (Wilson Moreira e Nei Lopes, 1978), além do samba blockbuster Vou festejar (Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias, 1978) e do hino Agoniza, mas não morre (Nelson Sargento, 1978), De pé no chão é o álbum em que Beth Carvalho trouxe os ritmistas do Cacique de Ramos para o estúdio.

Bambas como Bira Presidente, Hélio Caneca, Neoci Dias, Ubirany (1940 – 2020), entre outros, puseram na roda instrumentos então novos como o tantã (idealizado por Sereno), o repique-de-mão (criado por Ubirany) e o banjo formatado por Almir Guineto (1946 – 2017) com Mussum (1941 – 1994).

Embora determinante para o futuro do samba, a revolução do álbum De pé no chão foi feita por Beth Carvalho sem rupturas radicais. No disco, a inovação rítmica foi harmonizada e contrabalançada com as tradições de sambas de Cartola (1908 – 1980) e de compositores da Velha Guarda da Portela.

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